quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Alguns roubados da Internet

"Passado é difícil quando só
Nas sombras seus pecados
Na janela seus sacrifícios
Do nascer à parede
abrimos mão de nós
e do que amamos
Mas solitários arrependidos
gritamos alto que não volta
Silenciosos oramos
pelo céu que jogamos fora
Encaramos escolhas feias
toda nuances sofrimento
Protagonistas do vazio
por dentro abafados
puro suor frustrante
Fortalezas sem coração
Apenas ansiedade ao vento
Leve minha felicidade!"

"Saturado de ilusões,
Sobrecarregado com a questão
do que é ou não é
nessa profusão de emoções
no infindar do fim do mundo
Eternamente tomando
cargas para si
E com maldição inflacionada
de sonhos furados…
Cheio da poética e preso a ela,
sempre por elas,
que invadem
um eu de inanição
E haja fim da história
para tanto recomeço
e sofrimento
que, nas suas morais,
vão diluindo,
aos poucos,
minha razão"
MdA

sábado, 3 de agosto de 2013

Soneto da Autopiedade

"Ele é uma vergonha
Vive uma desgraça
Ele até sonha
mas ninguém o abraça.

Vergonha, ofensa
Desgraça, atroz
Sua presença
é um fardo entre nós.

Ele viveu de comparações e piadas
escritas e enviadas
do inferno.

Levou da vida algumas facadas
Os maus mergulharam em risadas
E assim prosseguiu em eterno."

(Lord Bryan)

sábado, 27 de outubro de 2012

A culpa é nossa, não deles... a solução também



Há algum tempo vinha pensando em escrever algo sobre isso, mas minha inspiração veio em uma matéria publicada por uma revista randômica e bem tendenciosa (revista tendenciosa é pleonasmo, desculpe), sendo que essa matéria "foi ao ar" justamente em época de eleição. Tudo isso foi se acumulando na cabeça (matérias da mídia, propagandas políticas, convenções sociais) de modo que, se alguém parar bem para pensar em tudo isso, verá que nada faz sentido.

Muito se discute a respeito da qualidade do serviço público em todo o país em todos os setores (transporte, educação, saúde, segurança...enfim) e discussões de propostas que possam salvar o país desse caos do serviço público. Citarei alguns exemplos bem genéricos: poucos hospitais/leitos/quartos/médicos para muitos pacientes, poucos trens/metrôs/ônibus/rotas para muitos passageiros, poucos professores/salas/escolas para muitos alunos, pouca segurança para muita gente. Mas será que a "ordem natural" seria mesmo "pouco serviço" para "muitas pessoas", ou o contrário?

Sabemos que a população está em constante crescimento, mas parece que o pessoal está levando isso a sério. Justamente esse crescimento exacerbado e desnecessário ocasiona uma superlotação na requisição de serviços públicos (e até privados, em alguns casos), de forma que torna-se inevitável a queda na qualidade de prestação desses serviços. Qual a dinâmica (atitude) social perante isso? Reclamar do governo, alegando que este não investe nos serviços, ainda que a população sofra uma semi-extorsão por meio de impostos, mas a questão NÃO é essa. Nunca foi... e longe de mim defender qualquer político, denovo, a questão não é essa. A questão é a seguinte: mesmo que esses políticos dessem o máximo de si em prol da melhoria na qualidade desses serviços, e todos os profissionais de serviço público também o fizessem, não dariam conta da demanda de trabalho que esse crescimento populacional exacerbado provocou. Ou seja, não adianta investir o máximo que seja, a população sempre continuará crescendo, e não só crescendo, mas de forma descomunal, irrefreável. Não há como parar uma bola de neve dessa magnitude. 
A frase de efeito é: "tem muita gente nesse mundo!"

Tá, até aí tudo bem, não especifiquei nada, mas agora vou citar um dos pontos dessa história: creches. "Porque eu tenho que trabalhar e não posso levar meu filho, mas não consigo inscrevê-lo em nenhuma creche".

Então vem o santinho candidato na tv falando: "Vou construir 12534175 creches até 2016, permitindo mais 637634523459 "neonatos prematuros" (a intenção NÃO é ofender as crianças, tenho dito) poderem ter um espaço de convívio social".

Primeira crítica: usei o termo "neonatos prematuros" porque, hoje em dia, a criança mal recebe contato familiar e já é jogada para uma escola, porque os pais têm que trabalhar para sustentar a família, inclusive o filho, que podiam ter evitado.

Segunda crítica: crianças tão jovens (quando eu digo jovens significa que ainda nem aprenderam a falar) não têm necessidade de entrar num sistema de educação infantil para conviver socialmente.

Na matéria que li, dizia que, na creche, eles (os alunos um pouco maiores) não só aprendem a ler e escrever, como também aprendem a educação de valores e tudo mais daquilo que eles deviam aprender com a FAMÍLIA (sim, usei caps). A matéria também dizia que a creche é a base moral e pilar do desenvolvimento das crianças de hoje em dia. ERRADO. ERRADÍSSIMO (usei denovo, intencionalmente). A base sempre foi, é e será a família. Só a família é responsável por educar os filhos. Outra informação curiosa é a que dizia que crianças que não frequentam creches ou pré-escolas podem desenvolver dificuldades de socialização e de aprendizado. Sou prova viva do contrário do que diz essa matéria, não frequentei creches e o conhecimento com o qual entrei na escola era maior que aquele requisitado ou desenvolvido naquele período letivo (ou seja, entrei já lendo e escrevendo). Mas não, não sou uma exceção, conheço muita gente que também esteve na mesma situação que eu.

Mas então como explicar o que aconteceu comigo? Surpresa, foi a família. Em uma creche, a professora deve dar atenção e cuidar de, sei lá, pelo menos umas 15~20 crianças. Pode não parecer, mas esse é um número bastante grande de alunos/filhos. É basicamente como se uma única pessoa tivesse 20 filhos, tendo que cuidar, educar, entreter, e por aí vai. Já fora da creche, a criança pode deve receber atenção da família, assim como todos os outros cuidados (deveres) que a mãe deve cumprir como mãe, que são executados atualmente única e exclusivamente pela professora da creche. Os pais não se dão mais nem ao trabalho de trocar a roupa do filho, não fazem absolutamente nada...e querem cobrar melhorias do governo...pessoas como essas deviam ter tido algo que o governo devia fornecer: conscientização e planejamento familiar.

Esse é o principal ponto: deveria haver variadas formas de conscientizar a população sobre planejamento familiar e como isso afetaria toda a sociedade, como o crescimento exagerado da população afeta negativamente a qualidade de vida das pessoas e o que elas podem, a partir de agora, fazer para que essa situação seja revertida, de forma lenta e gradual, porque é a única forma de reverter a situação, a longo prazo. Porque não é tão simples quanto parece ("mais pessoas no mundo, mais dinheiro para os cofres públicos"), tudo tem de ser feito com o mínimo de planejamento, e isso não parte só dos políticos, mas de toda a população.

Para tentar tirar alguma coisa de tudo isso, a solução apresentada por mim para o caos do setor público que sofremos hoje é o controle populacional através do controle de natalidade, por meio de ações de conscientização populacional. Dessa forma, a situação inverter-se-ia, teríamos mais hospitais/leitos/quartos/médicos para menos pacientes, mais trens/metrôs/ônibus/rotas para menos passageiros, mais professores/salas/escolas para menos alunos, mais segurança e qualidade de vida para toda a população, além de mais oportunidades de usar uma mesóclise.